As DORES FÍSICA, MENTAL e ESPIRITUAL – Cabalá

David Zumerkorn

10/06/2025 - 13:11

As Dores Física, Mental e Espiritual – Cabalá

Imagine acordar num dia qualquer, esticar o corpo e ouvir um coro de protestos internos: “Ô loco, meu joelho tá dando sinal de vida!”; “Ei, mente, pare de martelar na mesma preocupação!”; e, lá, no fundo, um sussurro existencial: “Por que eu estou fazendo tudo isso?” A boa notícia é que a ferramenta atualíssima e, ao mesmo tempo, “old school” da humanidade — a Torá — traz respostas até para essa “tríade de dores”, usando uma linguagem secreta de números, a guimátria, — o método de atribuir valor numérico às letras hebraicas.

Aperte os cintos: nosso passeio vai do corpo à alma.

Como sabemos, é muito conhecida a frase latina, escrita pelo poeta romano Juvenal: “mens sana in corpore sanauma mente saudável em um corpo saudável. Interessante que no Talmude (Brachot 61b-62a), há similaridade, onde são citados múltiplos casos em que a preservação do corpo (“refuat haguf”) anda lado a lado com a cura da alma (“refuat hanefesh”), reforçando que mente e corpo formam um só sistema a ser protegido.

Em um só gesto, a Torá nos ensina a reconhecer e transformar as dores física, mental e espiritual. A guimátria abre uma porta simbólica para pensamentos mais profundos, que ressoam na Mishná (Torá oral), no Talmude e na Cabalá. Vamos explorar como cada “tipo” de dor encontra eco nestas tradições milenares.

O Rebe de Lubavitch explica em uma de suas cartas: Como corpo e alma estão totalmente conectados e unidos, formando uma entidade, segue-se que todo fenômeno no reino espiritual também resultará em um fenômeno físico.

Há de concordar comigo que tal unidade no microcosmo [do homem], servindo como analogia e ilustração da verdadeira unidade encontrada no macrocosmo [do universo como um todo], não é de forma alguma semelhante à filosofia do panteísmo — que postula que tudo é natural e físico — mas [que a verdadeira definição de unidade] é exatamente o oposto: que tudo é espiritualidade e, além disso, que tudo é Divindade.

Dor Física: כָּאֵב (kav)

A palavra כָּאֵב (kav, “dor”).

כ 20 + א 1 + ב 2 = 23.

É conhecido que a saúde física depende muito da saúde espiritual. Na Torá, este número (23) “ecoa” no mandamento de cuidar do próprio corpo como instrumento de serviço divino.

Na Torá (Levítico 19:28): “Não façais cortes na carne por um morto” — o respeito ao corpo vivo revela o valor sagrado da vida e a proibição de causar dor desnecessária.

No Talmude (Bava Kama 85b): discute a obrigação de indenizar por dano físico, equiparando ferir o corpo ao ferir a “imagem de D-us” (בְּצֶלֶם אֱ-לֹהִים, Gênesis 1:27).

Na Cabalá

A sefirá Guevurá (severidade, julgamento) canaliza o rigor necessário para impor limites a si: respeitar o equilíbrio entre atividade e descanso.

No Zohar, a noção de cura refuá (רְפוּאָהר 200 + פ 80 + ו 6 + א 1 + ה 5), soma 292 e aparece como energia de reparação, harmonizando a Guevurá (severidade) com a Chessed (bondade, misericórdia).

Aplicação prática

Reconheça o sinal de 23 como convite a um “check-up corporal”.

Reserve momentos regulares de cuidado (alongamento, massagem, alimentação equilibrada).

Lembre-se: não é só musculatura — é estudo de responsabilidade ética sobre o próprio templo.

Dor Mental (tristeza): עֶצֶב (etzev)

עֶצֶב (ע 70 + צ 90 + ב 2 = 162). Na psicologia judaica, o sofrimento emocional não é fim, mas meio para maturação espiritual.

Na Torá (Deuteronômio 34:8): Josué e o povo lamentaram a morte de Moisés por trinta dias — o processo de luto é validado como etapa de cura.

No Talmude (Moed Katan 27a): distingue o luto (avelut) de depressão (gatnun ruach), explicitando que o primeiro tem prazo e finalidade de preparação para a retomada da vida.

Na Cabalá

A sefirá Tiferet (beleza, equilíbrio, harmonia) centro entre Guevurá (rigor) e Chessed (compaixão), permitindo a integração saudável do etzev (tristeza).

O Rabino Isaac Lúria (Arizal) ensina no livro Etz Chaim: “Árvore da Vida” liberta os canais de energia, impedindo bloqueios no sistema de alma.

Aplicação prática

Nomeie sua dor: reconhecer o etzev é dissipar metade da sua carga.

Use o “ritual da fala”: escreva, recite ou compartilhe com um companheiro de caminhada.

Estabeleça um “tempo de luto” e um “tempo de ressurreição” — tábua de marés emocionais reguladas.

רוּחָנִי: ר (200) + ו (6) + ח (8) + נ (50) + י (10) = 274

Total: 23 + 274 = 297

Dor Espiritual: כְּאֵב רוּחָנִי (keev ruchani)

כְּאֵב:  א (1)  + ב (2)  כ (20) = 23 

רוּחָנִי: (10) ר (200) + ו (6) + ח (8) + נ (50) + י (10) = 274

Guimátria: 23 + 274 = 297

Na Torá (Salmo 147:3): “Ele cura os corações quebrantados e liga as suas feridas.” – um reconhecimento da aflição interna e da promessa divina de restauração.

No Talmude (Shabat 12b): ressalta-se que, quando o espírito está ferido, até o conforto humano tem seus limites, evidenciando a profundidade do sofrimento espiritual.

Na Cabalá:

Keter (Coroa) é a sefirá que simboliza a vontade pura; a dor espiritual revela o vazio entre o eu e essa centelha divina.

No Sefer Yetsirá, meditar na letra  ר (reish, 200) ajuda a “respirar” energia de cura de volta ao espírito.

Aplicação prática:

Identifique seu peso interior, nomeando-o: “Estou sentindo meu keev ruchani.”

Faça um breve “ritual de cura”: respire focado, visualizando a letra ר (reish) brilhando no peito.

Escolha um versículo de salmo ou um ensinamento cabalístico sobre restauração e repita-o como um mantra.

Conectando as Três Dores

Aprendemos no Talmude (Shabat 155b), que “o corpo do justo fica doente, mas o Altíssimo cura-o” — o processo de cura é colaborativo entre o humano (musculatura, mente, alma) e o Divino (Torá, textos, guimátria).

כאב kav (23): alarme para cuidar do templo.

עצב etzev (162): trilha para integrar emoções.

כְּאֵב רוּחָנִי (keev ruchani) (297): porta para a transcendência.

Cada valor numérico encontra ressonância na sequência das sefirot, revelando um caminho de restauração que vai do físico ao espiritual. A guimátria, longe de ser mera curiosidade, torna-se ferramenta de autoconhecimento e ação: um roteiro numerado, mas, ao mesmo tempo, pleno de liberdade para quem ousa perguntar, sentir e se curar.

Importante saber que quando se trata da saúde física imploramos a D-us para nos curar, pois “Tudo está nas mãos dos Céus” (Talmude Brachot 33b) no entanto, quando se trata da saúde da alma, a Torá nos informou que esse assunto fica a critério do nosso livre arbítrio — “[Tudo está nas mãos dos Céus], exceto o temor aos Céus (isto e, a D-us)”.

Não podemos deixar de citar que o estudo da Torá, o cumprimento das mitzvot e o serviço da oração são [todos] vitais para a boa saúde da alma, visto que a saúde do corpo e a saúde da alma são interdependentes.

A título de curiosidade, é conhecido que luz é sinônimo de cura, tais como a Terapia Ultravioleta (UV), LED Terapia, Fotobiomodulação (PBM), entre outras. A famosa frase (Provérbios 6:23) que diz: “E a Torá é Luz (ותורה אורVeTorá Or)” ou a no Talmude (Meguilá 16b) “Luz é Torá Orá zu Toráאורה זו תורה”. Desta, quando calculamos o valor numérico da palavra luzes אורות (orot), encontramos o valor de 613, sendo exatamente o número de mandamentos da Torá.

Na Cabalá, essa esfera de cura reflete a união de Guevurá (severidade) com Chessed (bondade): o rigor das leis divinas temperado pela compaixão que restaura o equilíbrio.

Assim, cada vez que você invocar o 292, esteja pronto para acolher não só o remédio médico, mas também a energia espiritual que flui da Torá, do Talmude e dos textos místicos, criando um ambiente onde corpo, mente e alma possam se recompor em harmonia.

Assegure-se de que seu coração esteja aberto para D-us, Sua Torá e Seus mandamentos — dessa forma, você poderá desfrutar de muitos dias e anos longos e felizes.

Quando a pessoa teme a D-us, ela não necessita temer outras coisas, portanto, a saúde não é afetada pela preocupação e ansiedade mundana. Assim como diz o Salmo (Tehilim 16:9): “Por isto, se alegra meu coração, se regozija minha alma, e descansa seguro meu corpo”.

E quase na finalização com a devida alegria, se a vida fosse um consultório, você seria o paciente VIP com ficha de guimátria23 para o joelho, 162 para o coração e 297 para a alma. Mas antes de reclamar do atendimento, lembre-se: seu Doutor Divino (leia-se “Aquele que te cura” em Êxodo 15:26) já enviou o melhor remédio: refuá (292) em dose única, sem bula nem contraindicação. Então, nada de bater ponto na enfermaria emocional, tacar ferro no “fantasma existencial” ou ignorar o alarme corporal que grita “alongamento já!”. Tome sua “prescrição sagrada”: esticando o corpo ao amanhecer — com direito à imagem de bode sábio, claro. E se alguém perguntar por que você anda tão em shalom (paz), responda que descobriu a fórmula secreta do equilíbrio: um “ai ai” numerado, ou seja, um jeitinho bem-humorado de lembrar que cada dor, um suspiro Divino e uma gargalhada abençoada. Saúde, alma e ótimo humor,

Da mesma dorma como somamos (כאבכְּאֵב רוּחָנִי 297 (כאב) + 162 (עצב) + 23, encontramos o 482, e a palavra que tem esse mesmo valor, לְבָנֵת (livnut “construir”), igual ao 482, é um lembrete diário do nosso compromisso interior.

Edifique bases sólidas no seu físico: alongue-se, alimente-se bem e descanse.

Erga pontes sólidas no emocional: reconheça suas dores, compartilhe-as e processe seus sentimentos.

Levante torres de luz no espiritual: medite, recite um salmo de restauração e fortaleça sua conexão com o Divino.

Imagine que seu bem-estar seja um edifício de vários andares. Se algum andar começar a ranger, não espere o síndico subir — acione imediatamente o ** Serviços de Emergência 482 ** (livnut “construir”) e resolva o problema, fazendo no edifício um festival de sorrisos.

E, para encerrar com chave de ouro, deixo uma dica preciosa que me foi passada e que quero compartilhar com vocês! Conheçam o FICABONZEN, uma verdadeira joia do laboratório Tôbeim. Com sua fórmula mágica de 297 mg de risadaderiol e 482 mg de felicidadestatina, que também é indicada para o furorzinho e o mau-humor. Logo, tome-o e comece seu dia com muita alegria!

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