ESPORTE e TORÁ – Guimátria

David Zumerkorn

11/06/2025 - 10:26

Esporte e Torá – Guimátria

Se você acha que futebol tem números demais, espera até descobrir a guimátria! Aqui não existe “gol de mão”, mas tem muito número sagrado marcando pontos desde a criação do mundo. Calce suas chuteiras cabalísticas e prepare-se: hoje a Torá entra em campo!

Imagine-se no momento exato em que um atleta se concentra antes do pênalti decisivo: tudo parece silenciar até que o chute se transforma em gol ou defesa. Agora, considere essa mesma intensidade ao desvendar um padrão numérico dentro de um versículo da Torá. É nesse ponto de encontro entre corpo e espírito que a guimátria— método que atribui valores numéricos às letras hebraicas — assume o papel de árbitro, revelando insights inesperados.

O termo hebraico para rápidos / apressados (correndo), como acontece com os participantes de um jogo, é “נמהרים” (nimharim), cuja soma da guimátria é exatamente 345. Interessante que esse mesmo valor seja o do nome Moisés משה (Moshê), o lendário líder que conduziu o povo de Israel apressadamente ao sair do Egito e, através do deserto, até a Terra Prometida (Israel). Seria Moisés o primeiro técnico da história? Afinal, ele liderou um verdadeiro “time” de 3 milhôes de “jogadores” por 40 anos no deserto – muito mais tempo do que qualquer treinador atual conseguiria suportar no cargo!

Você já parou para pensar que a Torá foi o primeiro manual esportivo da história? Afinal, se enfrentar um anjo durante uma noite inteira não é esporte radical, então eu não sei mais o que é! E já que estamos falando de números e letras, que tal descobrir o placar Divino desse jogo através da guimátria? Prepare-se: O Árbitro celestial já vai apitar!

Comecemos analisar a questão do personagem bíblico, Jacob יעקב (Yaacov). Em sua luta conhecida como encontro com o “anjo”, cada letra de seu nome em hebraico soma:

(2) י (10) + ע (70) + ק (100) + ב, resultando em 182.

A curiosidade numérica deste nome, é que 182 é exatamente 7 vezes 26, que é o valor do Nome mais elevado de D-us (Havaiê – Tetragrama). Nesse cálculo, encontramos mais que um número; enxergamos disciplina e fé articuladas como em um treino rigoroso.

Jacob representa o patriarca, o estudante, a instrução, o tradicional, o espiritual.

Esporte representa o moderno, o físico, o lúdico.

A ideia é que, no estádio da vida moderna, muitas vezes o foco da juventude passa da tenda do estudo (como Yaacov) para o campo de futebol (sport). Mas… isso não precisa ser um antagonismo (físico / espiritual). A guimátria revela nuances que confirmam isso.

No campo esportivo, Jacob יעקב (Yaacov) dá lugar ao esporte ספורט (sport). Aqui, temos a guimátria de cada um.

= 355. (ט 9) + (ר 200) + (ו 6)+ (פ 80) + (ס 60) —  Esporte (ספורט)

Em paralelo, תורה (Torá — instrução, estudo), associada a Jacob, revela

611 = (ה 5) + (ר 200) + (ו 6)+ (ת 400) —  (Torá) (תורה)

O contraste entre 355 e 611 lembra o atleta leve e ágil em contraponto ao peso centenário de uma tradição que se renova a cada geração.

Quando associamos כדורגל (kaduréguel futebol) e משפט (mishpat justiça), o placar numérico indica 263 e 429, respectivamente, somando 692. Nessa união percebemos como a ética — inerente ao conceito de justiça — pode coexistir com a busca pela vitória, desde que o jogo seja jogado dentro das regras.

A dimensão afetiva também surge na guimátria: אהבה (ahaváamor) soma:

13 = (ה 5) + (ב 2) + (ה 5) + (א 1) — ahavá (amor), enquanto שלום (shalompaz) resulta em:

376 = (ם 40) + (ו 6) + (ל 30)+ (ש 300) 

A soma final de 389 é um lembrete de que, no melhor dos jogos e na vida em comunidade, a serenidade e a empatia marcam o verdadeiro ponto de equilíbrio.

Do aspecto psicológico ao sistêmico, a guimátria ressoa com conceitos contemporâneos: o sentimento de fluxo no esporte — quando o atleta se entrega por completo à ação — ecoa na concentração necessária ao estudo de um verso. Treinadores e gestores encontram na guimátria uma ferramenta para motivar equipes, aplicando mitzvot (mandamentos) como metas simbólicas que reforçam a coesão de um grupo.

Por fim, cada membro de uma comunidade assume um תפקיד (tifkid papel ou função)?

594 =  (4 ד ) + (י 10) + (ק 100)+ (פ 80) + (ת 400) – תפקיד (tifkid), um número que nos lembra da relevância de cada função em um sistema maior — seja em um time esportivo, seja na transmissão de saberes.

Assim como no futebol o objetivo é levar a bola ao gol, na vida guiada pelos caminhos de D-us nosso alvo é alcançar a santidade: cada passe reflete um ato de bondade, cada drible, uma escolha ética, e cada gol, a realização de um propósito maior. Filosoficamente, campo e existência compartilham o mesmo designobedecer às regras mais elevadas de D-us garante uma vitória que transcende o placar terreno.

Curiosamente, o nome David (דוד) soma 14 na guimátria tradicional — cálculo realizado como:

ד (4) + ו (6) + ד (4) = 14

lembrando os dois ciclos de sete dias da Criação, sinal de plenitude refletido tanto no descanso do Shabat quanto na renovação contínua em cada partida. No esporte, quantas vezes já vimos o número 7 brilhar nas costas de craques, [sendo uma das mais icônicas], que ficaram eternizados por seus feitos, como Neymar, Garrincha, Bebeto, Ronaldinho Gaúcho, entre outros?

Na guimátria no sistema  Avgad Reverso, David (דוד) totaliza 11 — aqui cada letra assume o valor da que a antecede no alfabeto hebraico. Por exemplo, em vez de usar 4 para o Dalet ד de דוד (David), adotamos o valor ג=3, e ו=6 passa a valer ה=5, resultando em

ד (3) + ו (5) + ד (3) = 11. (valor da letra anterior)

Esse número ecoa as 11 estrelas do sonho de José (Yossef), simbolizando visão profética e liderança que guia o povo, assim como um capitão orienta seu time em campo. E, na guimátria pequena (Mispar Katan), David vale 5, pois esse sistema reduz o resultado da guimátria convencional — 14 — à soma de seus algarismos (1 + 4 = 5). Esse valor remete aos 5 livros da Torá, a base de toda a Lei, e ecoa em esportes modernos: no basquete e no handebol, cada equipe conta com cinco jogadores em quadra, e no polo aquático, cinco atletas formam o time de ataque — símbolos de equilíbrio e colaboração precisa. Esses valores não são meros placares; são testemunhas de que, na interseção entre o sagrado e o esportivo, todo número carrega uma história.

“Este estado de ‘flow‘, isto é, estar totalmente imerso e concentrado em uma atividade esportiva, ecoa profundamente o conceito místico de Devekut (דבקות – união / ligação a D-us). Assim como o atleta se funde com o jogo, o estudioso da Torá busca se fundir com a Vontade Divina através da concentração absoluta no texto sagrado e seus códigos. O número 8, símbolo do transcendente (além do ciclo natural de 7), aparece na guimátria de ‘concentração’, tanto para רכזRakez = 200 + 20 + 7 = 227 → 2+2+7=11 → 1+1=2, caminho da unidade) como para

דבקות → 4+2+100+6+400 = 512 → (Devekut – 512) 5+1+2 = 8, lembrando que ambos os estados – o atlético e o espiritual – são portais para uma realidade elevada.

O símbolo máximo da vida no esporte é a bola, esse “objeto sagrado” do jogo. Em hebraico כדור Kadur, = 20+4+6+200=230.Assim como,  ‘Chai (חי- Vive/”Vida”, 8+10=18) vibra em todo estádio. Observe: 230 / 18 ≈ 12.777… O número 12 representa completude (tribos, meses), e 7 é a perfeição divina. A bola rodando incessantemente (777) é um lembrete de que o jogo, como a vida (Chai), é um ciclo de completude e perfeição em movimento perpétuo, sempre renovado como o ano – Shaná 355.

E lembre-se: na guimátria, até quando o cronômetro apita o fim do jogo, as letras continuam jogando — então garanta que suas palavras também deixem sua marca no placar divino, e se alguém perguntar se existe doping permitido na Torá, diga que sim: chama-se café forte e o estudo da guimátria avançada. Garantia de recorde em espiritualidade e criatividade esportiva!

Estou aguardando seu Gol Cabalístico!!


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